ICOM Brasil elaborou, com a colaboração dos seus Conselheiros, uma nota técnica sobre a MP nº 850/2018

Prezados membros do ICOM Brasil, 
 
A tragédia do Museu Nacional e a assinatura da Medida Provisória nº 850/2018 no dia 10 de setembro último, que extingue o Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), dividindo suas atribuições entre uma agência de direito privado – Agência Brasileira de Museus (ABRAM) – e uma Secretaria de Museus e Acervos, vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), definem um momento de grande atenção e engajamento de todos nós profissionais de museus.
Conforme comunicados anteriormente divulgados, o ICOM Brasil reitera a solidariedade e apoio ao Museu Nacional e a perplexidade diante da Medida Provisória editada pela Presidência da República. Desde 2009, o IBRAM é a instância pública reconhecida pelo setor museológico, responsável pela elaboração e implementação de políticas públicas para o setor, a partir de uma construção participativa e democrática, abrangendo os mais de 3500 museus brasileiros. Nesse sentido, qualquer proposta de transformação do setor museológico brasileiro não pode se dar sem consulta prévia ao IBRAM e às demais instâncias do setor, de forma unilateral. No compromisso de ajudar a subsidiar as discussões do setor museológico na construção de políticas públicas participativas e efetivas visando a qualificação dos museus brasileiros, o ICOM Brasil elaborou, com a colaboração dos seus Conselheiros, uma nota técnica sobre a MP nº 850/2018, que segue anexada.
 
Cordialmente,
 
Renata Motta
Presidente do ICOM Brasil
 

Acesse aqui  NOTA DO ICOM

Revista ARA 5 envio de artigos até 05.08.2018

Entre os dias 30 de julho e 03 de agosto o Portal de Revistas da USP estará em manutenção para atualização do Open Journal Systems para a versão OJS 3.1.1-2.

Por este motivo, o prazo para submissão de artigos da Revista ARA n. 5 ampliou para o dia 05.08.2018.

Em caso de dúvidas entre em contato pelo email revistaarafau@usp.br

Agradecemos sua colaboração.

Revista ARA 

A Revista ARA PRORROGOU chamada até o dia 05 DE AGOSTO 2018

A Revista ARA N.5  PRORROGOU chamada até o dia 05 DE AGOSTO 2018,

Configurações: entre limites e indeterminação 

será o tema da edição ARA 5 PYAU Primavera+Verão 2018,

Celso Favaretto, Professor Livre Docente da Faculdade de Educação, convida para reflexão:

Para uma crítica do nosso tempo, vale a observação: não mais, mas ainda não. Não mais os limites que a cultura moderna estabeleceu como horizonte de realização das promessas da emancipação; ainda não porque a queda das metanarrativas modernas, implica o arruinamento dos sistemas de justificação de qualquer universalidade, não permite contudo que se espere um substitutivo para um horizonte de interpretações, contudo ainda operantes, que permita orientar os modos de pensar, sentir e agir. Indeterminação, quer dizer: imersão no intolerável da experiência contemporânea, na obscuridade do presente, livre da pretensão de restauração de um tempo de promessas ou do anelo, consolador, de uma outra época do mundo suposta como de superação dos impasses do presente e dos fracassos do passado. Essa atualidade, que distanciando-se do ímpeto moderno de clareza mas também da necessidade de afastamento das seduções do presente, apresenta sintomas de transformações, evidenciados no trabalho de anamnese sobre os dispositivos modernos: acena, indicia, alude a um processo de elaboração que, por entre fatos, ideias, redes, múltiplos acontecimentos, deslocamentos e sobreposições, nos interpelam pintando uma paisagem desconhecida que é preciso decifrar e configurar.

Ao se recusar as promessas redentoras da totalidade, da teleologia dos sistemas de pensamento, enfim dos sistemas de representação, a aposta que se tem que fazer é a de não se render à tentação de preencher, de colmatar, um suposto vazio; talvez a aposta seja a de trabalhar nos interstícios, nas fissuras desta experiência difícil de configurar. Talvez se trate, na linguagem, no pensamento e na arte de assumir as coisas em sua singularidade e na forma, onde podem aparecer frestas, deslocamentos e aí descobrir, como na música, uma dicção, um timbre, uma tonalidade. Assim, ao invés dos desenvolvimentos críticos habituais, em que o que é pensado como resistência ainda vive das ilusões do sujeito, da totalidade, das promessas da razão, trata-se de explorar a resistência na forma – na linguagem, no pensamento, na arte, pois “só a forma ataca o sistema em sua própria lógica”[1]. Nesta perspectiva, criticar é jogar, desde que se enunciem as regras do jogo. Criticar, resistir, é uma aposta.Para uma crítica do nosso tempo, vale a observação: não mais, mas ainda não. Não mais os limites que a cultura moderna estabeleceu como horizonte de realização das promessas da emancipação; ainda não porque a queda das metanarrativas modernas, implica o arruinamento dos sistemas de justificação de qualquer universalidade, não permite contudo que se espere um substitutivo para um horizonte de interpretações, contudo ainda operantes, que permita orientar os modos de pensar, sentir e agir. Indeterminação, quer dizer: imersão no intolerável da experiência contemporânea, na obscuridade do presente, livre da pretensão de restauração de um tempo de promessas ou do anelo, consolador, de uma outra época do mundo suposta como de superação dos impasses do presente e dos fracassos do passado. Essa atualidade, que distanciando-se do ímpeto moderno de clareza mas também da necessidade de afastamento das seduções do presente, apresenta sintomas de transformações, evidenciados no trabalho de anamnese sobre os dispositivos modernos: acena, indicia, alude a um processo de elaboração que, por entre fatos, ideias, redes, múltiplos acontecimentos, deslocamentos e sobreposições, nos interpelam pintando uma paisagem desconhecida que é preciso decifrar e configurar.

Assim entendendo, a nossa atualidade, esta perspectiva do que pode ser o nosso contemporâneo como singular relação com o tempo, implica uma contínua e variada reflexão que incide nas descontinuidades dessa paisagem desconhecida, que aqui e ali, em surpreendentes lances   articula rigor simbólico e maleabilidade de comportamentos; ideias e ações que não são suficientemente fortes para fundamentar uma prática com poder de transformação, mas que antes investem ações fundadas nas intensidades do instante e do gesto. Não mais interessada em problematizar a ideia de arte, seus processos e promessas, mas na sua materialidade propriamente reflexiva e comportamental, a questão toda agora é a da eficácia das ações. Lembrando   Oiticica: “a tarefa do artista não é criar, é mudar o valor das coisas[2]. Feitas de vigor de pensamento e de paixão, estas ações muito longes de qualquer desejo de totalização da experiência, como ocorre nos cálculos das culturas de consolação – sejam aquelas apoiadas no estilo, nas maneiras de apresentação dos objetos, em que vige a estetização generalizada; sejam as que acreditam que a arte e a cultura podem salvar o mundo – não nos demitem da obrigação de construirmos nosso itinerário de salvação. Rejeitando o aceno reiterado que vem de toda parte que afirma uma espécie de unidade em que, como diz Lyotard, “todos os elementos da vida cotidiana e do pensamento encontrariam um lugar como em um todo orgânico”[3], ambas as direções aspiram à restauração de fundamentos e modos de vida. Nos dois casos a “arte” e a “cultura”, entificados, realizariam no futuro do presente essa crença no poder redentor dos sonhados limites que uma vez teriam garantido – mas embalde – a emancipação do homem de sua menoridade.

 

 [1] Jean Baudrillard. De um fragmento ao outro. Trad. Guilherme J. de F. Teixeira. São Paulo: Zouk, 2003, p. 39.

[2] Hélio Oiticica. Experimentar o experimental (1972). Navilouca. Org. Torquato Neto e Waly Salomão. Rio de Janeiro: Gernasa, 1974

[3] Jean-François Lyotard. O pós-moderno explicado às crianças. Trad. Tereza Coelho. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1987, p. 15.

 

Envie sua contribuição pelo endereço :

https://www.revistas.usp.br/revistaara

Chamada aberta ARA 5 PYAU

A Revista ARA está com chamada aberta até o dia 26 de junho 2018,

Configurações: entre limites e indeterminação 

será o tema da edição ARA 5 PYAU Primavera+Verão 2018,

Celso Favaretto, Professor Livre Docente da Faculdade de Educação, convida para reflexão:

Para uma crítica do nosso tempo, vale a observação: não mais, mas ainda não. Não mais os limites que a cultura moderna estabeleceu como horizonte de realização das promessas da emancipação; ainda não porque a queda das metanarrativas modernas, implica o arruinamento dos sistemas de justificação de qualquer universalidade, não permite contudo que se espere um substitutivo para um horizonte de interpretações, contudo ainda operantes, que permita orientar os modos de pensar, sentir e agir. Indeterminação, quer dizer: imersão no intolerável da experiência contemporânea, na obscuridade do presente, livre da pretensão de restauração de um tempo de promessas ou do anelo, consolador, de uma outra época do mundo suposta como de superação dos impasses do presente e dos fracassos do passado. Essa atualidade, que distanciando-se do ímpeto moderno de clareza mas também da necessidade de afastamento das seduções do presente, apresenta sintomas de transformações, evidenciados no trabalho de anamnese sobre os dispositivos modernos: acena, indicia, alude a um processo de elaboração que, por entre fatos, ideias, redes, múltiplos acontecimentos, deslocamentos e sobreposições, nos interpelam pintando uma paisagem desconhecida que é preciso decifrar e configurar.

Ao se recusar as promessas redentoras da totalidade, da teleologia dos sistemas de pensamento, enfim dos sistemas de representação, a aposta que se tem que fazer é a de não se render à tentação de preencher, de colmatar, um suposto vazio; talvez a aposta seja a de trabalhar nos interstícios, nas fissuras desta experiência difícil de configurar. Talvez se trate, na linguagem, no pensamento e na arte de assumir as coisas em sua singularidade e na forma, onde podem aparecer frestas, deslocamentos e aí descobrir, como na música, uma dicção, um timbre, uma tonalidade. Assim, ao invés dos desenvolvimentos críticos habituais, em que o que é pensado como resistência ainda vive das ilusões do sujeito, da totalidade, das promessas da razão, trata-se de explorar a resistência na forma – na linguagem, no pensamento, na arte, pois “só a forma ataca o sistema em sua própria lógica”[1]. Nesta perspectiva, criticar é jogar, desde que se enunciem as regras do jogo. Criticar, resistir, é uma aposta.Para uma crítica do nosso tempo, vale a observação: não mais, mas ainda não. Não mais os limites que a cultura moderna estabeleceu como horizonte de realização das promessas da emancipação; ainda não porque a queda das metanarrativas modernas, implica o arruinamento dos sistemas de justificação de qualquer universalidade, não permite contudo que se espere um substitutivo para um horizonte de interpretações, contudo ainda operantes, que permita orientar os modos de pensar, sentir e agir. Indeterminação, quer dizer: imersão no intolerável da experiência contemporânea, na obscuridade do presente, livre da pretensão de restauração de um tempo de promessas ou do anelo, consolador, de uma outra época do mundo suposta como de superação dos impasses do presente e dos fracassos do passado. Essa atualidade, que distanciando-se do ímpeto moderno de clareza mas também da necessidade de afastamento das seduções do presente, apresenta sintomas de transformações, evidenciados no trabalho de anamnese sobre os dispositivos modernos: acena, indicia, alude a um processo de elaboração que, por entre fatos, ideias, redes, múltiplos acontecimentos, deslocamentos e sobreposições, nos interpelam pintando uma paisagem desconhecida que é preciso decifrar e configurar.

Assim entendendo, a nossa atualidade, esta perspectiva do que pode ser o nosso contemporâneo como singular relação com o tempo, implica uma contínua e variada reflexão que incide nas descontinuidades dessa paisagem desconhecida, que aqui e ali, em surpreendentes lances   articula rigor simbólico e maleabilidade de comportamentos; ideias e ações que não são suficientemente fortes para fundamentar uma prática com poder de transformação, mas que antes investem ações fundadas nas intensidades do instante e do gesto. Não mais interessada em problematizar a ideia de arte, seus processos e promessas, mas na sua materialidade propriamente reflexiva e comportamental, a questão toda agora é a da eficácia das ações. Lembrando   Oiticica: “a tarefa do artista não é criar, é mudar o valor das coisas[2]. Feitas de vigor de pensamento e de paixão, estas ações muito longes de qualquer desejo de totalização da experiência, como ocorre nos cálculos das culturas de consolação – sejam aquelas apoiadas no estilo, nas maneiras de apresentação dos objetos, em que vige a estetização generalizada; sejam as que acreditam que a arte e a cultura podem salvar o mundo – não nos demitem da obrigação de construirmos nosso itinerário de salvação. Rejeitando o aceno reiterado que vem de toda parte que afirma uma espécie de unidade em que, como diz Lyotard, “todos os elementos da vida cotidiana e do pensamento encontrariam um lugar como em um todo orgânico”[3], ambas as direções aspiram à restauração de fundamentos e modos de vida. Nos dois casos a “arte” e a “cultura”, entificados, realizariam no futuro do presente essa crença no poder redentor dos sonhados limites que uma vez teriam garantido – mas embalde – a emancipação do homem de sua menoridade.

 

 [1] Jean Baudrillard. De um fragmento ao outro. Trad. Guilherme J. de F. Teixeira. São Paulo: Zouk, 2003, p. 39.

[2] Hélio Oiticica. Experimentar o experimental (1972). Navilouca. Org. Torquato Neto e Waly Salomão. Rio de Janeiro: Gernasa, 1974

[3] Jean-François Lyotard. O pós-moderno explicado às crianças. Trad. Tereza Coelho. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1987, p. 15.

 

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Prorrogado prazo Revista ARA 4 Ymã até 15 de dezembro de 2017

As Contribuições para ARA 4 YMÃ Outono+Inverno 2018
serão recebidas de 22 de setembro a 15 de dezembro de 2017.

O número Quatro da Revista ARA aceita submissões subordinadas ao tema – Espaços em movimento. O texto a seguir visa debater alguns aspectos para incentivar múltiplas colaborações, confira o artigo da chamada com o tema: Espaços em movimento: rotas cruzadas de Maria Cecília França Lourenço, convite para reflexão.

Baixe aqui as Condições para Submissão.

Para diagramar e adequar sua submissão às normas de edição e formatação,
baixe o Modelo ARA e utilize os estilos definidos pela Editoria de Arte. 

Modelo de autorização 

Chamada Aberta ARA 4 Ymã – Outono + Inverno 2018

Revista ARA informa:

Aberta chamada para novas contribuições para ARA 4 YMÃ Outono+Inverno 2018.
Submissões de 22 de setembro a 15 de dezembro de 2017.

O número Quatro da Revista ARA aceitará Submissão subordinada ao tema – Espaços em movimento. O texto a seguir visa debater alguns aspectos para incentivar múltiplas colaborações, como se pode aferir no site. Confira o artigo da chamada com o tema:

Espaços em movimento: rotas cruzadas
de Maria Cecília França Lourenço, convite para reflexão.

Baixe aqui as Condições para Submissão.

Para diagramar e adequar sua submissão às normas de edição e formatação,
baixe o Modelo ARA e utilize os estilos definidos pela Editoria de Arte. 

Modelo de autorização 

PRORROGADA submissão da Revista ARA aberta até o dia 5 DE JULHO. Tema: (In)Visível

A Revista Ara do Grupo Museu/ Patrimônio da FAU/USP informa que estarão abertas as inscrições para o envio de resenhas, artigos, ensaios visuais ou escritos entre 5 de abril e 5 de JULHO de 2017.
O tema será (In)Visível e todas as contribuições inéditas serão bem vindas e submetidas ao Conselho Editorial, de modo a manter a qualidade, que se persegue.

“É verdade que o mundo é o que vemos e que, contudo, precisamos aprender a vê-lo.”

O visível e o invisível, Merleau-Ponty

As experiências culturais e históricas, crescentemente reguladas pela engrenagem comunicacional, fazem com que, na atualidade, o mundo apareça mais em sua forma de disputas narrativas e linguísticas que na da coincidência com determinado estado de coisas, convidando, então, à investigação daquilo que é dito, não dito e interdito.

A fim de contribuir com o aprofundamento da compreensão dessa tessitura contemporânea, a terceira edição da revista Ara tem como tema o (In)Visível, temática que atravessa autores, teóricos e pensadores desde Maurice Merleau-Ponty e Michel Foucault, bem como questões políticas, culturais, artísticas, patrimoniais, entre outras, ensejando, a meio do manifesto e de sua sombra, a aprendizagem do ver além daquilo que se mostra, o oculto.

AS SUBMISSÕES DEVEM SER ENVIADAS PARA  revistaarafau@usp.br 

OBS: Só serão aceitos os artigos formatados no MODELO PARA SUBMISSÃO DE ARTIGOS acompanhados de AUTORIZAÇÃO PARA PUBLICAÇÃO devidamente preenchida. Modelos disponíveis para download abaixo:

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